O ultrassom é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras para produzir imagens do interior do corpo. Ele é muito utilizado na medicina, especialmente na obstetrícia, para acompanhar a gestação e verificar a saúde do bebê e da mãe.
Mas, você sabe quais são os motivos para realizar os ultrassons do pré-natal no momento certo? Neste artigo, vamos te explicar por que esse exame é tão importante e quais são os tipos e as indicações de cada um deles. Confira!
1. Para avaliar o desenvolvimento fetal
Realizar os ultrassons do pré-natal no momento apropriado é crucial para avaliar o desenvolvimento fetal, garantindo que o bebê esteja crescendo e se desenvolvendo adequadamente segundo a idade gestacional. Essa avaliação inclui medidas como comprimento, peso, perímetro cefálico, diâmetro biparietal, diâmetro abdominal e comprimento do fêmur, fornecendo estimativas importantes, tais como idade gestacional, peso fetal e índice de líquido amniótico.
Além das medidas físicas, o desenvolvimento fetal é também avaliado por parâmetros como frequência cardíaca, movimentos fetais, morfologia, posição, placenta, cordão umbilical e fluxo sanguíneo. O ultrassom específico para essa avaliação é denominado ultrassom morfológico, sendo realizado em duas etapas: entre a 11ª e a 14ª semana, e entre a 20ª e a 24ª semana de gestação.
O ultrassom morfológico do primeiro trimestre busca identificar possíveis anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down, através da medida da translucência nucal, que representa a espessura da nuca do feto. Este exame também possibilita a visualização da formação dos principais órgãos e sistemas do bebê.
Por sua vez, o exame realizado no segundo trimestre identifica malformações estruturais, como defeitos cardíacos, renais, neurológicos e esqueléticos. Além disso, permite avaliar o crescimento e a vitalidade do feto, assim como a localização e a maturidade da placenta.
2. Para identificar possíveis complicações
O segundo motivo para realizar os ultrassons do pré-natal no momento certo é para identificar possíveis complicações que comprometam a saúde do bebê ou da mãe, e que exijam uma intervenção médica precoce ou uma mudança no plano de parto.
Algumas das complicações que o ultrassom pode identificar incluem:
- Anomalias fetais, como malformações congênitas, hidrocefalia, espinha bífida, lábio leporino, fenda palatina, entre outras. Essas condições podem afetar o desenvolvimento e a qualidade de vida do bebê, e requerem um acompanhamento especializado e, em alguns casos, uma cirurgia corretiva após o nascimento.
- Gestação múltipla, que ocorre quando há mais de um feto na mesma gestação, como gêmeos, trigêmeos ou mais. Essa condição aumenta o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer, restrição de crescimento intrauterino, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, entre outras. Por isso, a gestação múltipla exige um acompanhamento mais rigoroso e frequente, e um planejamento específico para o parto.
- Pré-eclâmpsia, a qual é uma condição grave que afeta a mãe e o bebê, caracterizada por hipertensão arterial e proteinúria (presença de proteína na urina). A pré-eclâmpsia pode causar complicações como descolamento prematuro da placenta, hemorragia, insuficiência renal, convulsões, edema pulmonar, coagulopatia, entre outras. O ultrassom pode ajudar a diagnosticar e monitorar a pré-eclâmpsia, por meio da avaliação do fluxo sanguíneo na artéria uterina, na artéria umbilical e na artéria cerebral média do feto.
- Outras complicações, como placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, restrição de crescimento intrauterino, oligoâmnio, polidrâmnio, sofrimento fetal, entre outras. Essas condições podem afetar a oxigenação, a nutrição e a maturidade do feto, e podem exigir um parto cesárea ou induzido.
3. Para determinar o sexo do bebê
A identificação do sexo do bebê pode ocorrer a partir da 16ª semana de gestação por meio do ultrassom, contudo, isso depende da posição e da cooperação do feto, que pode estar de costas, de pernas cruzadas ou com as mãos na frente dos genitais, dificultando a visualização.
O ultrassom utilizado para determinar o sexo do bebê é denominado ultrassom obstétrico e pode ser realizado em qualquer fase da gestação, embora seja comumente feito entre a 18ª e a 22ª semana de gestação. Este exame também proporciona a avaliação do desenvolvimento fetal, a quantidade de líquido amniótico, a posição da placenta e o comprimento do colo uterino.
4. Para estimar a data do parto
Saber quando o bebê vai nascer pode ser útil para os pais se prepararem para a chegada do bebê, bem como para os médicos planejarem o tipo e o local do parto.
A data do parto pode ser estimada por meio do ultrassom a partir da medida do comprimento crânio-caudal do feto, sendo a distância entre a cabeça e o bumbum do bebê. Com essa medida pode-se calcular a idade gestacional, a qual é o tempo decorrido desde o primeiro dia da última menstruação da mãe até a data do exame.
O exame que estima a data do parto é chamado de ultrassom de primeiro trimestre, e deve ser realizado entre a 6ª e a 13ª semana de gestação. Esse exame também permite avaliar a vitalidade fetal, a presença de batimentos cardíacos, a localização do saco gestacional, a presença de gestação múltipla, a medida da translucência nucal e a presença de sinais de abortamento.
5. Para estreitar o vínculo afetivo
Por último, o acompanhamento gestacional através do ultrassom também é essencial para estreitar o vínculo afetivo entre os pais e o bebê. Essa experiência pode ser muito emocionante e gratificante para os pais, que podem ver o rosto, os movimentos e as expressões do bebê.
O exame que estreita o vínculo afetivo é chamado de ultrassom 3D ou 4D, e pode ser realizado a partir da 26ª semana de gestação, mas o ideal é entre a 28ª e a 32ª semana de gestação, quando o bebê já tem mais gordura e definição facial. O ultrassom 3D ou 4D produz imagens tridimensionais, ou quadridimensionais do bebê, que permitem uma visualização mais realista e detalhada do bebê.
Vale ressaltar que a imagem 3D/4D não tem finalidade diagnóstica, mas sim emocional, e deve ser realizado apenas como um complemento aos exames pré-natais convencionais, que são os que realmente avaliam a saúde do bebê e da mãe.
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Referências:
ABRAMOWICZ, J. S. Benefits and risks of ultrasound in pregnancy. Seminars in perinatology, v. 37, n. 5, p. 295–300, 2013.