Você pode não saber, mas alguém do seu lado e até mesmo você, já tiveram contato com os vírus da hepatite sem saber. Segundo estimativas, milhões de pessoas convivem com a doença e bilhões de indivíduos, em todo mundo, já tiveram, em algum momento, contato com os vírus. No Brasil, a prevalência da doença varia de região para região.
As hepatites virais (hepatite A, B, C, D e E) são um problema de saúde pública pela grande possibilidade de complicações, tanto da forma aguda, quanto da forma crônica da doença.
Para que você possa se proteger e também à sua família, trouxemos algumas características da doença, que são importantes que você saiba. Então, vamos a elas:
Como ocorre o contágio e a cronificação da doença?
Hepatite A
Ocorre principalmente pelo contato com pessoas, água e alimentos contaminados e pela via fecal-oral. A transmissão é facilitada pela grande estabilidade do vírus da hepatite A (HAV) no meio ambiente.
Somente cerca de 1% das pessoas infectadas evoluem para hepatite fulminante, a grande parte desses indivíduos tem mais de 65 anos de idade.
Hepatite B
É considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), já que a transmissão ocorre principalmente por via sexual. A transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho e a transmissão por sangue contaminado, também são bem comuns e ajudam na disseminação do vírus da hepatite B (HBV).
A doença se torna crônica em cerca de 5 a 10 % dos adultos infectados. Em recém nascidos de gestantes com a doença ativa, o risco de cronificação é de 70 a 90%.
Hepatite C
A transmissão ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado. Por isso, algumas populações são consideradas de risco, como: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ ou hemoderivados antes de 1993 e usuários de drogas intravenosas. Apesar de não tão comuns, a transmissão sexual e vertical também podem ocorrer.
O vírus da hepatite C (HCV) é o principal responsável pela hepatite crônica. A cronificação ocorre em 70 a 85% dos casos.
Hepatite D
Para que o vírus da hepatite D (HDV) se multiplique, ele precisa do vírus HBV, por isso, a forma de transmissão é semelhante a da hepatite B.
A infecção pelo HDV é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens na região amazônica.
Hepatite E
O vírus da hepatite E (HEV) é transmitido principalmente por via fecal-oral de forma que a contaminação dos reservatórios de água, ajudam na transmissão da doença.
A doença apresenta formas graves principalmente em gestantes.
Quais são os sintomas?
É provável que você ache que o sintoma mais comum da hepatite, é a icterícia (olhos, pele e secreções amareladas), mas não é bem assim.
A incidência de icterícia varia com o tipo de hepatite e os sintomas são bem variados. Na maioria dos casos há fadiga, náuseas, mal-estar geral, anorexia e fraqueza muscular.
Como é feito o diagnóstico?
No laboratório é possível quantificar as aminotransferases (ALT/TGP e AST/TGO), que são marcadores de lesão do fígado, porém, esse exame não é específico para nenhum tipo de hepatite.
Para que seja feito o diagnóstico, é necessário os exames sorológicos para detectar os vírus e os anticorpos.
Existe tratamento?
Não existem tratamentos para a hepatite aguda, mas o prognóstico para as hepatites A e B são bons e pode haver recuperação completa.
Nas hepatites crônicas, é indicado ações que diminuam as chances de cirrose ou câncer de fígado, como não consumir álcool e ter uma vida mais saudável. Uma parcela dos casos precisará de tratamento.
Por fim, assim como outras doenças, o melhor remédio é a prevenção. Existem vacinas contra as hepatites A e B e imunoglobulina contra hepatite B. Para a hepatite C não há vacina ou imunoglobulina, o que reforça mais ainda as ações de prevenção.
Além da prevenção, você também precisa cuidar do próximo, por isso, você pode contar com o LabSantana para os exames de transaminases e hepatites.
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